Nasci na Bahia em 29 de setembro de 1982. Adoraria reviver meus 10 primeiros segundos de existência, meu contato com ar, com os braços de minha mãe, com aquilo que sem pedir me deram e chamaram de vida. Talvez assim soubesse qual foi minha primeira impressão sobre e mundo e poderia falar mais seguramente sobre quem sou. Detesto confissões e falar de mim seria confissão velada e paisagem exposta numa moldura que nem sempre condiz com a verdade. Posso fazer crer que sou mais, embora sabedora de ser menos, posso derramar sonhos e comportamentos que não são meus, parecendo ser politicamente correta, ainda que adepta das incorreções. Minha vida mora em minhas palavras, nas que digo e nas que silencio. saibam que é no meu silêncio que me encontro. Gestos falam, por isso neles me perco. O não fazer nada traz inquietude, mas aprendi que fazer demais atormenta. Não sou fiel seguidora da inércia, embora meu discurso pareça condizente com isso, mas acredito que aceitar o tempo de tudo exige de nós menos ação e mais crença na realização. Tenho 26 anos e todos os dias faço um esforço para esquecer minha idade, caso contrário seria difícil viver um dia de cada vez e reinventar-me. É reinventar-me sim! Pois o que o que é cada recomeço senão uma reinvenção? Dizem que sou engraçada, no entanto, a verdade é que sou feliz. E a felicidade é semente que aflora em forma de riso, por isso cultivo meu jardim. Há aqueles que falam que sou sentimental, denominação apropriada para quem acredita nos sentimentos. sei que o que tenho me basta, mas a insatisfação funciona para mim como estímulo. Ser insatisfeita é combustível que satisfaz minha máquina de sonhos. Acho que amei duas vezes. Esse achismo é porque tenho a idéia de que amor de verdade nunca acaba. Fui amada somente uma. Beijei de olhos apertados, senti borboletas na barriga e escolhi o nome dos meus filhos. Lembranças e planos que guardei numa caixinha chamada memória. Costumo me doar demais e acreditar em palavras bonitas. Preciso dizer quantas vezes me frustrei? Ainda assim busco ter uma atitude positiva diante da vida, sem tolher o que sinto. Sou péssima jogadora, por isso não jogo. Freqüentemente levo cartão vermelho, mas saio de campo com a camisa suada sabendo que o melhor de mim foi deixado ali. Detesto a sensação de pouca disponibilidade e compromisso que povoa as relações, mas continuo acreditando em príncipe encantado. E não me importo que ele venha de ônibus ou a pé, desde que possamos caminhar juntos. Nada pra mim é sintético, gosto de longuidão. Conversas longas, cartas intermináveis, amores intensos. Mas, também sei dar um ponto final. Não sei dosar palavras, mas se quiser me silenciar somente me abrace. Sou um amontoado de somas, divisões, elementos. Sou um amontoado de interrogações, de vírgulas, reticências. ..Sou um ponto cego para tantos olhos que esquecem que sou aquilo que não se vê, pois sou o que habita do lado de dentro.
quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009
segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009
. livro, sentimento do mundo .
Desde sempre tive uma afeição natural aos livros, não que estudar fosse meu forte, afinal mesmo sem querer era tomada pela inevitável preguiça que assola a grande maioria dos estudantes. Leitura por obrigação jamais me atraiu muito, pois ler deve ser algo prazeroso, edificante, algo que te faça suspirar e parar diante de uma frase que te remexa por dentro.
No entanto, ler deve ser um encontro entre a palavra e o que se busca com a leitura. Uma leitura bem realizada é aquela em que o leitor não a aceita passivamente, não a toma como verdade inexorável e inquestionável, a boa leitura nos faz interrogações ambulantes, questionários vivos de nós mesmos.
Acredito que não existe um jeito certo de ler ou coisas certas a serem lidas, parto desse pressuposto pois acho essencial respeitar a busca de cada um. Ora, se D. Fulaninha quer ler as revistas de fofoca, que as leia. Se Dr. Sicrano prefere um ensaio sobre a cultura da globalização que vá em frente! Eu mesmo leio tudo, do banal ao teatral, o que alimenta o intelecto ou o enche de lixo. Leio jornal, poemas adolescentes e passo também pelos textos esquerdistas de Istvan Mèszáros, embora minha posição política seja oposta. Leio Paulo Coelho, livros de auto-ajuda, revistas femininas que me ensinam truques de sedução e Orhan Pamuk, escritor turco que recomendo pela pano de fundo de seus livros, mas cujo texto é tão mórbido que mais parece canção de ninar.
A gente lê bula de remédio, livro de conto de fadas e shampoo, sem sequer nos darmos conta do bem que nos fazemos. Conhecimento se acumula e nenhum deve ser desperdiçado ou tido como pouco importante. Ler é alimentar um pouco da alma, é permitir que o outro te toque sem criar barreiras intransponíveis, é deixar que alguém viaje por dentro de você sem te conhecer.
O livro é um coração que pulsa em nossas mãos, é um ser que cuidadosamente despeja palavras para serem lidas, sentidas, sorvidas. Suas páginas são veias de sentimentos do mundo.
Pode parecer pouco interessante para quem lê o que escrevo agora, na verdade, isso pouco importa. Meus pensamentos aqui são frutos de devaneios que me povoam ao colocar a cabeça no travesseiro todas as noites.
Por instante, questionei-me que livro gostaria de ser. Algo Agatha Christie ou quem sabe Lispector? Garcia Márquez ou Neruda? Allende, Coelho, Pamuk, Caldwell? Conto de fadas ou faroeste? Passearia por monstros e príncipes ou pela beleza de poesias? Concluí, não com pouco esforço, que não existe livro certo a ser, pois buscar pedaços de mim em histórias ou estórias lançadas em páginas que devoro com olhos famintos é cair na obviedade dos que se reconhecem como seres limitados e previsíveis .
A graça da vida é ser livro aberto, pronto a ser lido, com páginas em branco e livres para receber os mais improváveis rabiscos, as mais belas palavras escritas a quatro mãos, as nossas e as do destino.
No entanto, ler deve ser um encontro entre a palavra e o que se busca com a leitura. Uma leitura bem realizada é aquela em que o leitor não a aceita passivamente, não a toma como verdade inexorável e inquestionável, a boa leitura nos faz interrogações ambulantes, questionários vivos de nós mesmos.
Acredito que não existe um jeito certo de ler ou coisas certas a serem lidas, parto desse pressuposto pois acho essencial respeitar a busca de cada um. Ora, se D. Fulaninha quer ler as revistas de fofoca, que as leia. Se Dr. Sicrano prefere um ensaio sobre a cultura da globalização que vá em frente! Eu mesmo leio tudo, do banal ao teatral, o que alimenta o intelecto ou o enche de lixo. Leio jornal, poemas adolescentes e passo também pelos textos esquerdistas de Istvan Mèszáros, embora minha posição política seja oposta. Leio Paulo Coelho, livros de auto-ajuda, revistas femininas que me ensinam truques de sedução e Orhan Pamuk, escritor turco que recomendo pela pano de fundo de seus livros, mas cujo texto é tão mórbido que mais parece canção de ninar.
A gente lê bula de remédio, livro de conto de fadas e shampoo, sem sequer nos darmos conta do bem que nos fazemos. Conhecimento se acumula e nenhum deve ser desperdiçado ou tido como pouco importante. Ler é alimentar um pouco da alma, é permitir que o outro te toque sem criar barreiras intransponíveis, é deixar que alguém viaje por dentro de você sem te conhecer.
O livro é um coração que pulsa em nossas mãos, é um ser que cuidadosamente despeja palavras para serem lidas, sentidas, sorvidas. Suas páginas são veias de sentimentos do mundo.
Pode parecer pouco interessante para quem lê o que escrevo agora, na verdade, isso pouco importa. Meus pensamentos aqui são frutos de devaneios que me povoam ao colocar a cabeça no travesseiro todas as noites.
Por instante, questionei-me que livro gostaria de ser. Algo Agatha Christie ou quem sabe Lispector? Garcia Márquez ou Neruda? Allende, Coelho, Pamuk, Caldwell? Conto de fadas ou faroeste? Passearia por monstros e príncipes ou pela beleza de poesias? Concluí, não com pouco esforço, que não existe livro certo a ser, pois buscar pedaços de mim em histórias ou estórias lançadas em páginas que devoro com olhos famintos é cair na obviedade dos que se reconhecem como seres limitados e previsíveis .
A graça da vida é ser livro aberto, pronto a ser lido, com páginas em branco e livres para receber os mais improváveis rabiscos, as mais belas palavras escritas a quatro mãos, as nossas e as do destino.
quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009
. reciprocidade e disposição .
Definitivamente somos seres injustos. Não apenas com nós mesmos, por nos cobrar demais, mas com a vida, por cobrar dela mais do que nos é permitido.
Acredito ser normal desejar mais aqui e acolá. Somos completamente incompletos.Reclamamos da calça que aperta, do dinheiro que falta, do telefone que não toca, da mensagem que não chega.
Reclamamos da saudade, da dúvida que não cala e do silêncio que paradoxalmente grita.
Não é difícil enxergar os dias sem críticas ou reclamações e, como sempre, as coisas boas ficam guardadas numa gaveta.
Se falarmos de amores antigos, apenas falamos das mentiras e decepções, se falarmos da morte lembramos da saudade, até ao falarmos de um hambúrguer a única coisa que vem a mente são as benditas calorias. Quando, na verdade, deveríamos falar dos beijos, do amor compartilhado, das longas conversas recheadas de incentivo, do companheirismo peculiar aos que amam, daquele “boa noite” da pessoa que se foi, sequer lembramos dos sabores, do gosto bom do sorvete ou daquele cheirinho naturalmente gorduroso do bacon.
Permitimos que o bom caia no esquecimento e, pior, o transformamos no inexistente. Sempre julgamos que nossas dores são as maiores, que derramamos mais lágrimas. Ainda que natural e dramaticamente “sofredores” chega um momento que achamos que seremos sempre um presente pra alguém, que a pessoa se apaixonar por nós será uma verdadeira felizarda.
Quanta pretensão!
Esquecemos apenas de uma coisa: RECIPROCIDADE. Essa sim justifica o amor dividido, ou melhor, o amor que se quer dividir. Amar é um verbo que carrega doses de disposição e liberdade. Impossível amar sem estar disponível ou livre para permitir-se ser amado.
Sempre achamos que o outro não está disponível, que sempre somos nós os preteridos ao invés de escolher. São essas nossas indagações.Esquecemos, no entanto, que também nos fechamos para o mundo, que mandamos embora ou simplesmente não deixamos chegar aquela pessoa bacana e realmente disposta a trazer alegria e instantes felizes aos nossos dias.
Não quero ficar dando doses de incentivo a ninguém.De certa forma, todos conhecem a verdade da vida. A dificuldade é viver a verdade da vida!
Geralmente, a pessoa certa não chega na hora marcada. Dividimos, assim, instantes preciosos com a pessoa errada e a amamos e com ela fazemos planos. Frustração e sofrimento inevitáveis. Às vezes, recuperar o que se deixou de ter com a pessoa certa não é possível e nada dói mais do que conviver com a idéia do que não foi vivido, com o “SE” condicionante de tudo, com a certeza de que a felicidade bateu em nossa porta e mandamos dizer q não tinha ninguém em casa.
-Volte depois!
Eis o inexorável medo de ser feliz. É justamente aí que começa a espera, a ansiosa e angustiante espera, que a campainha toque novamente.Nem sempre toca.
Mergulhamos nos versos de Neruda, Floberla Espanca e Drummond ou na poesia intimista de Rilke. Dessa forma, vivemos um pouco do amor, não o nosso, mas aquele que procuramos.
É bem verdade que a solidão carrega tranqüilidade, mas internamente a solidão é um turbilhão, é o silêncio de um sentimento que necessita pulsar. Decepção dói. Mentira dói. Não amar dói mais ainda. Descrever o amor quando se ama é regozijo, mas descrevê-lo quando se espera, ainda que sem acreditar, é falta.
Acredito ser normal desejar mais aqui e acolá. Somos completamente incompletos.Reclamamos da calça que aperta, do dinheiro que falta, do telefone que não toca, da mensagem que não chega.
Reclamamos da saudade, da dúvida que não cala e do silêncio que paradoxalmente grita.
Não é difícil enxergar os dias sem críticas ou reclamações e, como sempre, as coisas boas ficam guardadas numa gaveta.
Se falarmos de amores antigos, apenas falamos das mentiras e decepções, se falarmos da morte lembramos da saudade, até ao falarmos de um hambúrguer a única coisa que vem a mente são as benditas calorias. Quando, na verdade, deveríamos falar dos beijos, do amor compartilhado, das longas conversas recheadas de incentivo, do companheirismo peculiar aos que amam, daquele “boa noite” da pessoa que se foi, sequer lembramos dos sabores, do gosto bom do sorvete ou daquele cheirinho naturalmente gorduroso do bacon.
Permitimos que o bom caia no esquecimento e, pior, o transformamos no inexistente. Sempre julgamos que nossas dores são as maiores, que derramamos mais lágrimas. Ainda que natural e dramaticamente “sofredores” chega um momento que achamos que seremos sempre um presente pra alguém, que a pessoa se apaixonar por nós será uma verdadeira felizarda.
Quanta pretensão!
Esquecemos apenas de uma coisa: RECIPROCIDADE. Essa sim justifica o amor dividido, ou melhor, o amor que se quer dividir. Amar é um verbo que carrega doses de disposição e liberdade. Impossível amar sem estar disponível ou livre para permitir-se ser amado.
Sempre achamos que o outro não está disponível, que sempre somos nós os preteridos ao invés de escolher. São essas nossas indagações.Esquecemos, no entanto, que também nos fechamos para o mundo, que mandamos embora ou simplesmente não deixamos chegar aquela pessoa bacana e realmente disposta a trazer alegria e instantes felizes aos nossos dias.
Não quero ficar dando doses de incentivo a ninguém.De certa forma, todos conhecem a verdade da vida. A dificuldade é viver a verdade da vida!
Geralmente, a pessoa certa não chega na hora marcada. Dividimos, assim, instantes preciosos com a pessoa errada e a amamos e com ela fazemos planos. Frustração e sofrimento inevitáveis. Às vezes, recuperar o que se deixou de ter com a pessoa certa não é possível e nada dói mais do que conviver com a idéia do que não foi vivido, com o “SE” condicionante de tudo, com a certeza de que a felicidade bateu em nossa porta e mandamos dizer q não tinha ninguém em casa.
-Volte depois!
Eis o inexorável medo de ser feliz. É justamente aí que começa a espera, a ansiosa e angustiante espera, que a campainha toque novamente.Nem sempre toca.
Mergulhamos nos versos de Neruda, Floberla Espanca e Drummond ou na poesia intimista de Rilke. Dessa forma, vivemos um pouco do amor, não o nosso, mas aquele que procuramos.
É bem verdade que a solidão carrega tranqüilidade, mas internamente a solidão é um turbilhão, é o silêncio de um sentimento que necessita pulsar. Decepção dói. Mentira dói. Não amar dói mais ainda. Descrever o amor quando se ama é regozijo, mas descrevê-lo quando se espera, ainda que sem acreditar, é falta.
domingo, 8 de fevereiro de 2009
. mar ignorado .
Confesso que escrever é uma terapia. Por vezes, escrevo mirando certos olhos atentos...Determinadas palavras, invariavelmente são condicionadas.
Escrever é o território da minha liberdade, é quando me permito não apenas dizer, mas ser o que intimamente busco.
Não são todos que lêem o que escrevo...Minha vida é desinteressante. Pelo menos para os outros.
Quer saber? Isso em nada me importa. Eu escrevo para o mundo. Para o meu mundo. Assim descubro-me, ao menos tento, e, nas entrelinhas dos meus textos transpareço.
Não é sempre que belas canções alcançam ouvidos desatenciosos. Foi este o modo que encontrei para me partilhar com quem "ME LÊ".
Por vezes pareço cansativa e repetitiva, mas a vida também é! Alegrias, dores, amores e dissabores se repetem.
O mundo cada dia é menos mundo, aproxima-se da selvageria costumaz e cotidiana. Vivemos de sobressaltos, sustos, dúvidas.
O óbvio nos acena distante com mãos inquietantes. Apresento-lhes o ilógico do mundo!!!
Nosso país é de ameaças veladas, pessoas descompromissadas, poucos, para não dizer nenhum, adentram no enigma do que costumo chamar de moral.
Então, perguntam-me: Por que escrever? Eis a minha fuga, eis a minha única resposta.
Não compreendo por que de modo tenaz se evita a auto-identificação. Por que descobrir o outro e se descobrir tem que ser uma luta inglória?
Debruço-me sobre o mar do ignorado e vejo deslealdade e descompromisso com o semelhante. Vejo desalento e um otimismo exacerbado e pouco aconselhável. Não possuo respostas para o mundo, pois mergulho em indagações. Ainda acredito na decência e na moral.
Sonho com um país livre, sadio e sem a alma devastada. Sem as amarras da enfermidade dos homens e da ausência de sonhos.
Não procuro leitores para minhas palavras, nem entendedores de mim...minha busca é maior e talvez inalcançável. O prazer de INDIGNAR-ME com as doenças e fraquezas da vida ainda revigora. TENHO SANGUE CORRENDO NAS VEIAS!
O extremismo saudável e recompensador ainda me fornece e fortalece as idéias. Felizmente desconfio da sabedoria convencional e confronto o senso comum com perguntas. Muitas não me levam a nada. Outras, produzem respostas absolutamente surpreendentes.
"Eu sou mais forte do que eu"*. Busco quem sou...ainda não me achei. Até lá, permaneço perdida nas entrelinhas de uma história que, dia a dia, faço questão de escrever.
Escrever é o território da minha liberdade, é quando me permito não apenas dizer, mas ser o que intimamente busco.
Não são todos que lêem o que escrevo...Minha vida é desinteressante. Pelo menos para os outros.
Quer saber? Isso em nada me importa. Eu escrevo para o mundo. Para o meu mundo. Assim descubro-me, ao menos tento, e, nas entrelinhas dos meus textos transpareço.
Não é sempre que belas canções alcançam ouvidos desatenciosos. Foi este o modo que encontrei para me partilhar com quem "ME LÊ".
Por vezes pareço cansativa e repetitiva, mas a vida também é! Alegrias, dores, amores e dissabores se repetem.
O mundo cada dia é menos mundo, aproxima-se da selvageria costumaz e cotidiana. Vivemos de sobressaltos, sustos, dúvidas.
O óbvio nos acena distante com mãos inquietantes. Apresento-lhes o ilógico do mundo!!!
Nosso país é de ameaças veladas, pessoas descompromissadas, poucos, para não dizer nenhum, adentram no enigma do que costumo chamar de moral.
Então, perguntam-me: Por que escrever? Eis a minha fuga, eis a minha única resposta.
Não compreendo por que de modo tenaz se evita a auto-identificação. Por que descobrir o outro e se descobrir tem que ser uma luta inglória?
Debruço-me sobre o mar do ignorado e vejo deslealdade e descompromisso com o semelhante. Vejo desalento e um otimismo exacerbado e pouco aconselhável. Não possuo respostas para o mundo, pois mergulho em indagações. Ainda acredito na decência e na moral.
Sonho com um país livre, sadio e sem a alma devastada. Sem as amarras da enfermidade dos homens e da ausência de sonhos.
Não procuro leitores para minhas palavras, nem entendedores de mim...minha busca é maior e talvez inalcançável. O prazer de INDIGNAR-ME com as doenças e fraquezas da vida ainda revigora. TENHO SANGUE CORRENDO NAS VEIAS!
O extremismo saudável e recompensador ainda me fornece e fortalece as idéias. Felizmente desconfio da sabedoria convencional e confronto o senso comum com perguntas. Muitas não me levam a nada. Outras, produzem respostas absolutamente surpreendentes.
"Eu sou mais forte do que eu"*. Busco quem sou...ainda não me achei. Até lá, permaneço perdida nas entrelinhas de uma história que, dia a dia, faço questão de escrever.
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